
PEREGRINO ERRANTE
© Joaquim Marques
Como peregrino errante desconheço
Donde vim, pra onde vou, o que faço aqui.
Sobre caminhos de sáfara, tropeço
Sem me aperceber sequer, porque caí…
Levanto, sigo meu caminho incerto…
Sem saber na verdade o contingente
Que hei-de dar à vida que por certo
De mim, exige que seja mais prudente…
Mas alguma missão, tenho que cumprir
Por isso, ando neste mundo errante…
Onde obstáculos surgem a todo instante.
Persuadido de que um dia saberei
O motivo dos tantos tombos que dei
Prossigo meu caminho, certo ou errante…
PORTUGAL
2011
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PEREGRINO
Nas noites e nos dias, peregrino
Em busca de uma tal felicidade
Que pode estar no campo ou na cidade,
Vestindo roupa de homem ou de menino.
Se caio por azar ou desatino,
A queda me sustenta na lealdade
Da dor que dói em tantos, e me invade
O sonho de eu chegar ao meu destino.
Saber não sei que passos dessa estrada
Vão corrigir meus pés neste meu rumo
Sob estrelas luzindo em madrugada...
Há tanto a descobrir... Mas eu presumo
Que tudo o que já vi é só um nada...
E o torto que sou eu anseia um prumo!